A possibilidade de trombofilia na gestação é um fator de preocupação para muitas mulheres, uma vez que há grande chance de perder o filho, além dos riscos à vida da própria mãe grávida.

Quando não tratada, esses riscos são ainda maiores, portanto, é importante que as gestantes estejam bem atentas aos exames, principalmente se houver fatores de risco.

Continue lendo esse post e entenda melhor o que é a trombofilia e como ela se relaciona à gravidez.

O que é a trombofilia

A trombofilia caracteriza-se pela formação de coágulos que bloqueiam a circulação do sangue pelos vasos causando o seu entupimento.

Trombofilia na gestação

A gravidez é um fator de risco para formação de trombos e a possível presença deles deve ser acompanhada durante a gravidez.

Caso haja trombofilia na gravidez em seu estágio inicial, pode ocorrer o aborto, pois os coágulos atrapalham a irrigação de sangue para a placenta, mesmo antes de seu aparecimento, de modo a dificultar ou impedir que o embrião se fixe no útero.

Depois dessa fase, os microtrombos podem também bloquear os nutrientes que chegam ao bebê por meio do sangue. Isso pode acarretar desaceleração no crescimento do bebê e levar ao óbito do feto.

Se o trombo obstruir totalmente o caminho para a placenta pode acontecer descolamento placentar e a mãe também correrá risco de vida.

Entretanto, não há consenso sobre esse assunto e há opiniões divergentes na área médica sobre os riscos relacionados à trombofilia na gestação.

Causas

Existem dois fatores que podem causar a trombofilia, o hereditário e a condição adquirida. Nesse último caso, existem fatores que levam ao aumento da coagulação sanguínea, como reposição hormonal, viagens longas de avião, cirurgias, imobilidade e a própria gravidez.

Trombofilia na gestação: fatores de risco

Quanto aos fatores de risco, pesa bastante o histórico pessoal e familiar, como a ocorrência de episódios de trombose antes da gestação e, consequentemente, as maiores chances para que ocorra a trombofilia na gravidez.

Se na família houver casos próximos de infarto, AVC ou morte súbita antes dos 50 anos isso é motivo para averiguar a relação com a trombofilia.

Mulheres obesas têm maiores probabilidades de desenvolverem trombofilia na gestação.

A gestação de gêmeos também aumenta o risco trombofilia, bem como a desidratação, o uso de drogas e cigarro e a idade mais avançada nas mulheres. 

Diagnóstico

Por meio do exame de sangue realizam-se testes que buscam mutações genéticas atreladas à coagulação do sangue ou alterações autoimunes relacionadas a produção de enzimas que agem na coagulação.

Após o diagnóstico, a mulher é encaminhada para um cirurgião vascular para avaliação.

A trombofilia em muitos casos é assintomática. Entretanto, um sintoma é o inchaço repentino. Outro alerta é quando a barriga da gestante cresce pouco, podendo haver risco de trombofilia na gestação.

Gestantes portadoras de pré-eclâmpsia antes de 34 semanas de gravidez também precisam ter maiores cuidados.

Tratamento

O tratamento tem um custo alto e é feito com uso diário de injeções de enoxaparina, que inibe a coagulação. A administração das injeções é feita em casa. São aplicadas injeções na barriga ou na parte interior da perna.

Dependendo do histórico, pode haver necessidade do uso de heparina ou ácido acetilsalicílico. Quando não tratada, há chance de 10% de ter um filho vivo. Com tratamento, esse percentual sobe para mais de 80%.

Mas mesmo com o tratamento, a trombofilia na gestação é de alto risco, o que demanda um pré-natal pormenorizado. 

Trombofilia na gestação: alguns cuidados para grávidas

Antes de viajar de avião, as grávidas precisam estar com os exames do bebê normalizados. O ideal é que sejam trajetos curtos, de até quatro horas.

Na rotina diária, algumas precauções são usar meias elásticas, fazer exercícios físicos, além do controle obstétrico regular.

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