Felizmente mortes durante o parto não são comuns, principalmente em mulheres que fazem pré natal corretamente. Complicações de gestações ou partos anteriores, doenças crônicas e específicas da gestação não tratadas podem, entretanto, aumentar o risco de morte durante um parto normal, assim como demonstrado na novela da globo.

Entenda alguns riscos:

Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG): aumento da pressão arterial que ocorre durante a gravidez, normalmente a partir da segunda metade da gestação e que, se não tratada, poderá cursar com alterações em órgãos da gestante aumentando riscos maternos e fetais;

Pré eclampsia: Evolução da DHEG para diminuição da função renal com perda de proteínas pela urinada e consequente inchaço generalizado;

Eclampsia: Evolução da pré eclampsia para inchaço do sistema nervoso e cérebro consequentes sinais: convulsões.
Síndrome HELLP: quadro que pode acompanhar casos mais graves de eclampsia ou pré eclampsia e que cursa com alterações da função do fígado, das plaquetas e coagulação disseminada.

Placenta prévia: formação incorreta da placenta sobre o canal do parto, pode causar hemorragia durante o trabalho de parto.

Rotura do Útero: Rompimento da musculatura do útero durante o trabalho de parto, risco mais comumente associado a múltiplas cesáreas anteriores, mais raro em primigestas ou pacientes com antecedente de única cesárea ou partos vaginais.

Atonia Uterina: contração ineficiente do útero após o nascimento que pode gerar hemorragia.

Não tenha dúvida: Clínica MÃE traz dados sobre parto normal e cesárea.

A morte no parto demonstrada na novela Amor a Vida não é comum nos dias de hoje. Análise simples de dados do Ministerio da Saúde demostra mortalidade materna em torno de 19 a cada 100.000 partos cesárea e 9 a cada 100.000 partos normais no ano de 2011, taxas muito inferiores as de 10 anos atrás. A maior mortalidade materna após parto cesárea não decorre apenas da maior complexidade da cesariana, mas também a indicação do parto cirúrgico em casos de falha da tentativa do parto normal e em casos de gestações de alto risco em que o parto normal é contra indicado. Para algumas gestantes, a cesárea programada ou até a cesárea de emergência poderá diminuir o risco de complicações e de morte no parto. Exemplo: gestantes com duas ou mais cesáreas anteriores minimizam riscos com a opção da cesárea eletiva.