A reprodução assistida em 4 mitos e verdades

Mesmo com a evolução da medicina inclusive quando o assunto é reprodução humana, muitas pessoas desconfiam e têm dúvidas sobre a chamada reprodução assistida e suas técnicas.

A dificuldade de obter uma gestação ou até mesmo a escolha de engravidar mais tarde pode levar às pessoas a buscarem tratamentos especializados na hora de ter um bebê e diante disto, é importante que as pessoas tenham informações claras sobre essas alternativas. Por isso, confira 4 mitos e verdades sobre reprodução assistida:

1. É possível escolher o sexo do bebê.

Verdade. Somente em casos de doença genética relacionada ao sexo. Com o avanço das técnicas e possibilidades de reprodução em laboratório como a FIV, por exemplo, a escolha do sexo do bebê é possível, porém o Conselho Federal de Medicina (CFM) é bem claro na proibição da prática. A exceção só vale se os especialistas identificarem a presença de doenças genéticas relacionadas ao sexo do bebê como Hemofilia e Distrofia Muscular de Duchenne.

2. A infertilidade afeta igualmente homens e mulheres

Verdade. Segundo pesquisadores, a infertilidade afeta em média 50% dos homens e 50% das mulheres. Não há uma razão específica para que isso aconteça. A Organização Mundial da Saúde estima que há 22 causas possíveis para este problema, no entanto, as causas podem variar muito.

Alterações da ovulação, endometriose, mioma e fatores genéticos podem influenciar esse quadro nas mulheres enquanto alterações hormonais e doenças infecciosas contribuem para o mesmo nos homens.

3. O nascimento de gêmeos é comum nos tratamentos

Mito. Embora exista 27% de chance das mulheres engravidarem de gêmeos com algumas técnicas como a FIV, mais 70% das gestações são únicas em tratamentos de reprodução assistida. De acordo as regras do Conselho Federal de Medicina voltadas à estas práticas, há inclusive uma preocupação em relação ao número de embriões que podem ser transferidos para as mulheres considerando questões de saúde e outros fatores.

4. A busca de ajuda deve ser considerada logo nas primeiras tentativas

Mito. A infertilidade e as outras causas que interferem na gestação de uma criança são complexas e variam entre os homens e as mulheres bem como outros fatores também podem contribuir para a gravidez. O indicado é que o casal ou a pessoa espere pelo menos um ano para procurar ajuda especializada. No caso de mulheres acima de 35 anos o tempo diminui para seis meses ou menos.