Esse diagnóstico gerador de extrema preocupação para os casais é dado quando o homem realiza o espermograma e nenhum espermatozoide é encontrado. O resultado somente é liberado pelo laboratório após completa análise de todo o líquido seminal colhido pelo paciente. O Médico Especialista em Reprodução Humana, objetivando confirmar o diagnóstico de azoospermia, deve sempre solicitar a realização de um novo exame, de preferência em um laboratório com expertise na execução da análise seminal. Existem, basicamente, dois tipos de azoospermia: obstrutiva e não obstrutiva

– Obstrutiva: esse tipo de azoospermia é de ótimo prognóstico, pois o problema não está relacionado à produção, mas sim à obstrução do canal (ducto deferente) por onde sai o sêmen. As principais causas são: i) infecções genitais, cuja reação inflamatória leva ao fechamento dos canais condutores do sêmen, ii) fibrose cística, doença transmitida geneticamente que leva o homem a nascer sem os canais deferentes, iii) vasectomia, a causa mais comum de azoospermia obstrutiva e é reversível por meio de cirurgia.

– Não Obstrutiva: Nesse tipo de azoospermia, tanto pode haver uma produção mínima de espermatozoides incapaz de sair pela ejaculação, quanto, realmente, ausência completa de fabricação. Nesses casos, as causas genéticas sempre devem ser procuradas, por meio de pesquisa de cariótipo e Microdeleção Cromossomo Y

Cerca de 15% dos homens com azoospermia, por falta de produção, apresentarão alguma alteração genética. A Sindrome de Klinefelter é o diagnóstico genético mais comum associado à azoospermia. A criptorquidia (quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa testicular) também está relacionada a uma baixa produção de espermatozoides, podendo, inclusive, levar à azoospermia.

fonte: http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/azoospermia/